segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Assessoria do sistema é notícia em Barueri



A Editora Brasil Cultural, desde 2013, realiza assessorias especializadas em tecnologias educacionais no município de Barueri. O Portal Gênese Digital (Plataforma Online de ensino-aprendizagem) está disponível em todas as escolas da rede, contanto com mais de 2.000 professores e 45.000 alunos cadastrados. O ambiente interativo propicia o aprendizado lúdico-pedagógico e leva o aluno para novas e importantes dimensões de inclusão e alfabetização digital.
Quando falamos em tecnologias, compreendemos que estas ferramentas, no espaço escolar, precisam ser utilizadas para enriquecer o ensino e possibilitar aos aprendizes o acesso a novos e valiosos conhecimentos. A internet, por exemplo, oferece amplos recursos para o lazer, a cultura e o aprendizado (como os portais educacionais). Porém, nossas crianças e adolescentes precisam compreender como utilizar a web de forma segura e consciente.
A última pesquisa publicada pela SAFERNET (organização não governamental que realiza trabalhos voltados para a segurança na internet) revela dados preocupantes sobre a forma como nossas crianças e jovens utilizam a rede mundial de computadores. A pesquisa, que teve a participação de 2.834 crianças e jovens entre 9 a 23 anos, traz importantes informações sobre o comportamento na web da juventude brasileira.

  • 80% curte rede social.
  • 68% conheceu algum amigo pela internet.
  • 34% se sentem mais livres quando anônimos.
  • 13% encontrou imagens e conteúdos violentos.
  • 12% afirmam que já foram vítimas do bullying virtual.
  • 20% já recebeu textos ou imagens sensuais e eróticas.
  • 38% acreditam que a escola é a responsável pelo ensino do uso seguro da internet.


Esta realidade adentra o espaço escolar e, ciente da necessidade do trabalho intenso de conscientização, um dos colégios de Barueri iniciou um belo projeto sobre o uso seguro da internet. Em setembro, a convite da professora coordenadora do projeto, Adriana de Faria, realizamos a palestra “O Uso Seguro e Responsável da Web”, em um dos principais centros de eventos do município. A assessora pedagógica do Sistema Gênese Cíntia Acioli, especialista em tecnologias aplicadas à educação, palestrou para alunos, pais e professores. A apresentação abrangeu temas como: redes sociais digitais; brincar, conversar, pesquisar e aprender; perfis falsos; publicação de dados pessoais; os desconhecidos amigos virtuais; prevenção e responsabilidade familiar; a escola como fonte do saber. Na semana seguinte ao evento, a palestra foi divulgada no jornal oficial da prefeitura.
Vivem no Brasil 105 milhões de usuários da internet e, em todo o mundo, até o final de 2014, 3 bilhões de internautas estarão inclusos na rede mundial de computadores. São pessoas em busca de entretenimento, informação e conhecimento. Porém, em um espaço onde as portas estão abertas para tudo e todos, precisamos cuidar das nossas crianças e jovens, pois, assim como na vida real, os riscos existem e a escola precisa formar cidadãos que saibam conviver, respeitar o próximo e saber quais os perigos à sua volta, mesmo no mundo virtual.

Cíntia Acioli

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

É possível escrever na escola?


Inicio o texto perguntando: quem disse que escrever é fácil? Mas onde está escrito que escrever é um dom, privilégio de poucos, que, de acordo com a imaginação poética, acordam de madrugada, inspirados por um amor impossível, e, de forma mágica, traçam lindos poemas em guardanapos úmidos pelas lágrimas derramadas, em razão do desprezo do ser amado? 
Escrever é um ato difícil para qualquer um, inclusive para jornalistas, compositores, escritores, cartorários e outros, mas escrever é um ato possível para todos. 
Há muitas falsas ideias sobre a escrita. Escrever não é um dom, depende de leitura, dedicação e pesquisa. Escrever se trata de uma habilidade, como muitas outras, a ser desenvolvida. Aprende-se a escrever escrevendo. Isso está ao alcance de qualquer um, basta tentar.
Nenhum dos poetas que admiramos escrevem como num passe de mágica. Brigam com as palavras! Umas vem, outras vão. Umas saem, outras ficam. É como um quebra-cabeça, até conseguirmos encaixar todas as peças. E quem nunca brincou com peças de encaixe?
É preciso que nós professores desmistifiquemos o mito a respeito da escrita. Uma das principais estratégias para escrever com proficiência é ler bastante, manter-se bem informado e escrever, escrever, escrever... desde receitas de bolo para a vovó, até lindos versos para a pessoa amada. Desta maneira, descolarizaremos a escrita, tornando-a mais popular e acessível a todos e, principalmente, para os nossos alunos.
Já escrever poesias, nada mais é que brincar com palavras... Estica, puxa, agarra-lhes pelos cabelos, brincar sem derrubar tudo não tem graça. É isso que acontece quando nos dispomos a escrever poesias. Jogamos uma palavra para lá, outra para cá. Jogar com as palavras é um ato engenhoso, é rascunhar, é amassar um monte de papel até encher o lixo. E as rimas, que não são obrigatórias, são gostosas de ouvir e, se bem utilizadas, são um ótimo recurso didático. É possível imaginar um ritmo para cada poesia antes mesmo de terminá-la.
Se nos falta imaginação, podemos exercitar nossa escrita partindo de nossa vivência, buscando na memória brincadeira e brinquedos de nossa infância, o biscoitinho da vovó, o animalzinho de estimação. Se todos temos um passado rico em histórias, então temos poesia na alma, a poesia é intrínseca à própria vida, por que não passá-la para o papel? Mãos-a-obra! Isso é só o começo!

Rosinei Catarina Jacinto