sexta-feira, 28 de agosto de 2015

PENSAMENTO CRÍTICO-REFLEXIVO



Pensar criticamente faz o aluno ir além. Ao professor cabe estimular a curiosidade, instigar o livre raciocínio e alimentar o pensamento crítico-reflexivo, associado, dialeticamente, a novas formas de agir.
É necessário haver compromisso e parceria entre professor e educando, para que o ensino seja eficiente, eficaz e efetivo. O educador consciente é aquele que encoraja a capacidade criadora do aluno, oferecendo oportunidades de crescimento intelectual e emocional. 
Educar se faz com ações voltadas à expansão da consciência dos estudantes, em seus diversos níveis. Assim, o educador considera as visões de mundo dos alunos, ainda que ingênuas e em formação, e, sobretudo, utiliza o senso comum como um degrau no processo formativo e de aprendizagem.
Superando esse degrau, o aluno sobe a outro patamar de conhecimento, depois mais outro e outro, num processo dialético infinito, posto que a busca pelo conhecimento deve ser permanente. Trata-se, portanto, de superar, por meio do exercício da práxis contínua (ação-reflexão), visões mais simples, absorvendo saberes mais complexos. Contudo, isso só faz sentido se essa práxis resultar na edificação dos valores humanos, desenvolvendo nos educandos – individual e coletivamente - uma postura cada vez mais assertiva e voltada ao benefício da construção de um mundo mais nobre.


Prof. João Artur Izzo

sábado, 15 de agosto de 2015

FACES DA MESMA MOEDA



A pesquisa é fundamental ao ensino; existe uma relação dialética, de reciprocidade e de complementariedade entre ambos. Por um lado, sem pesquisa, o ensino fica menor, talvez até inviabilizado. Por outro lado, sem ensino não há pesquisa. 
Pode-se dizer, assim, que pesquisa e ensino são faces da mesma moeda, funcionam como Yin e Yang: um se encontra na essência do outro. Ensinar, assim como pesquisar, é uma eterna busca, uma incessante procura por respostas, o que exige indagações frequentes, contestações, reflexões, eventuais reposicionamentos e aprimoramento constante. 
Quando as pesquisas indicam respostas, elas passam a ser transmitidas, ou seja, ensinadas. Porém, educação não é apenas um processo de transmissão; das respostas encontradas, surgem, no próprio processo educativo, novas indagações, dúvidas e reflexões, de forma que outros saberes vão sendo produzidos, refutando ou reafirmando os conhecimentos adquiridos, num processo dialético que não tem fim. 
Cabe aos educadores, portanto, administrar seu processo de educação continuada, de pesquisa permanente. Trata-se de um ciclo virtuoso e ascendente, no qual a pesquisa e o ensino se alimentam mutuamente: ensinar, favorecer a reflexão, o que gera dúvidas e questionamentos, que, por sua vez, levam à necessidade de pesquisa, que vem a reforçar ou a refutar conhecimentos, que são ensinados... A associação entre ensino e pesquisa traz, portanto, novos olhares, perspectivas diferentes e apontam caminhos que se abrem e se ramificam, provocando e instigando tanto alunos quanto educadores.

Prof. João Artur Izzo

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A história do fim de alguns de nossos mundos


Flagelos e sofisticados, claros e ofuscados, multicoloridos e monocromáticos, fartos e escassos.  Mundos duais do mesmo universo, por vezes do mesmo planeta, continente, país, estado, região, logradouro, residência e ser.
Sopros de significados podem ser infinitos por essência, pois se entrelaçam a outros significados, como neurônios que coexistem em mundos de seres diferentes em espécie, gênero ou posição social no grupo. Esses sopros nascem e podem morrer, ou apenas se transformam ao ponto de não terem mais relação direta com o propósito de seu surgimento. 
Diversos em rotação, estrelas e luas, possuem atmosferas conformadas e inquietas; promovem tempestades e calmarias de forma simultânea.  Alegóricos, mistos e reais é possível que se tornem alegóricos e fazem jus ao contexto de serem descritos por meio de enigmas. Outrora chamados de desejos, hoje de fato e amanhã de passado, podem sempre existir na forma de sonho: o que não se acaba, o que ainda se desfruta ou aquele que se transforma e que pode originar milhares de novos mundos.
São individuais por opção e nunca coletivos por completo, por conta da diversidade de mundos nascidos e terminados dos universos que os recebem em processos de quase meiose. 
Por fim, tais mundos são chamados de pensamentos e cada ser possui universos repletos deles.  Quanto mais puderem exercitar esses mundos, maior será a chance de descoberta de exuberantes galáxias.
A conquista da autonomia do aluno é o mais belo pensamento da Educação!

Leandro Wendel Martins