sábado, 15 de agosto de 2015

FACES DA MESMA MOEDA



A pesquisa é fundamental ao ensino; existe uma relação dialética, de reciprocidade e de complementariedade entre ambos. Por um lado, sem pesquisa, o ensino fica menor, talvez até inviabilizado. Por outro lado, sem ensino não há pesquisa. 
Pode-se dizer, assim, que pesquisa e ensino são faces da mesma moeda, funcionam como Yin e Yang: um se encontra na essência do outro. Ensinar, assim como pesquisar, é uma eterna busca, uma incessante procura por respostas, o que exige indagações frequentes, contestações, reflexões, eventuais reposicionamentos e aprimoramento constante. 
Quando as pesquisas indicam respostas, elas passam a ser transmitidas, ou seja, ensinadas. Porém, educação não é apenas um processo de transmissão; das respostas encontradas, surgem, no próprio processo educativo, novas indagações, dúvidas e reflexões, de forma que outros saberes vão sendo produzidos, refutando ou reafirmando os conhecimentos adquiridos, num processo dialético que não tem fim. 
Cabe aos educadores, portanto, administrar seu processo de educação continuada, de pesquisa permanente. Trata-se de um ciclo virtuoso e ascendente, no qual a pesquisa e o ensino se alimentam mutuamente: ensinar, favorecer a reflexão, o que gera dúvidas e questionamentos, que, por sua vez, levam à necessidade de pesquisa, que vem a reforçar ou a refutar conhecimentos, que são ensinados... A associação entre ensino e pesquisa traz, portanto, novos olhares, perspectivas diferentes e apontam caminhos que se abrem e se ramificam, provocando e instigando tanto alunos quanto educadores.

Prof. João Artur Izzo

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