terça-feira, 29 de setembro de 2015

RESPEITO E DIRETRIZES


O bom ensino se dá com maior efetividade quando há conjunção e abundância de alguns elementos, tais como: material didático de qualidade, infraestrutura adequada e diretrizes curriculares planejadas, norteadas por objetivos claros. Tudo conta no tête-à-tête do exercício do magistério. Livros, metodologias, capacidade de comunicação, desenvoltura e jogo de cintura. No entanto, o professor bem sucedido tem como bússola perene princípios éticos sólidos. Essencialmente, e como já refletia Paulo Freire, é necessário ao docente respeitar: a curiosidade do educando, seu gosto estético, sua inquietude, sua linguagem, sua sintaxe e a sua prosódia, sem ironizar, minimizar ou menosprezar o educando. Um dos deveres mais importantes do professor é pôr-se à disposição do aluno, fazer-se presente, estabelecer limites, ser firme quando for necessário, apoiar iniciativas e agir dando o exemplo. Em síntese, o verdadeiro educador é espelho e modelo para o educando e para a sociedade.

Prof. João Artur Izzo

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Síria e África - Solidariedade verde amarela! Syria and Africa - Brazilian solidarity

Caros Professores,

Estive no Museu da Imigração em São Paulo e conheci o trabalho da ONG "IKMR - Eu Conheço Meus Direitos" com crianças da África e da Síria recém chegadas de seus países, as quais, cantavam musicas em Língua Portuguesa ensaiadas pelo rapaz que tocava violão.



Na verdade, ouvi uma conversa no café, após ter notado sírios sentados nos bancos do jardim do museu e crianças sírias correndo e brincando pelo pátio. Pedi, para subir na parte fechada do museu e recebi autorização.
Pensei que veria sofrimento, camas em sequência e desolação, mas vi crianças  tranquilas  e pais conversando num belo jardim.




As mães sírias não gostam de fotografias próximas demais, pois temem retalhações, o que é perfeitamente entendido diante do cenário que vieram e conhecemos muito bem. O horror da guerra e a perda de tudo o que já construíram na vida não podemos sentir, apenas imaginar.

Os homens sírios costumam viajar antes para ver o local onde a família ficará, e depois de recebidos em um país, trabalham muito para conseguir buscar suas famílias. Esta pátria abrigou meus bisavôs e avôs em cenários de guerra também, e fui  até o museu buscar minhas origens. Fiquei extremamente emocionado ao ver histórias parecidas em nosso tempo. Será que isso é possível de acabar logo! 
Já as mães africanas não temem as fotos e chegam com seus filhos primeiro que os homens de suas famílias. Em suas etnias o ataque dos MONSTROS começa pelas mulheres e meninas, com estupros que não valem ser detalhados de tão torpes. Eles querem desonrar e engravidar as mulheres para descaracterizar as etnias, pois, uma vez que, elas engravidam os filhos pertencem as etnias dos estupradores. Fora a pobreza e violação constante de qualquer pressuposto dos direitos humanos.


Viviane (fundadora da IKMR) e Laina conversaram comigo e disseram que necessitam de todo o tipo de ajuda possível: dinheiro para as passagens das crianças até o Brasil é a principal necessidade neste momento.
O telefone e o site para contato:  011 98451-6598 - http://ikmr.org.br/ 
Fiquei encantado com a força e o trabalho que vi, e principalmente com o cuidado com as crianças. Espero que quem puder ajude, publicando e doando, pois não estamos diante de um caso apenas de pobreza, mas de negação do direito à vida. Precisamos fazer o melhor para: Fazer o correto!
Em tempo de publicar celebridades e cultivas o fútil, talvez podemos nos dedicar e se espelhar em exemplos de pessoas de boa vontade. Os número indicam que mais de 7000 crianças já morreram na Síria, a situação no norte da África é desesperadora. 
Contribuí na hora com o que tinha no bolso, e prometi fazer mais, começando com a divulgação: solicitarei em todos os canais que puder, para que mais pessoas façam a bondade de ajudar também. Cada pouco faz um tanto que será suficiente para uma vida, e essa vida é o mais importante, sempre!
Queremos ver as crianças cantando, correndo e sonhando!
Não queremos vê-las como na imagem abaixo, nunca mais, não é?


O Brasil é sempre grande, assim como seu povo. O Brasil é sempre acolhedor, assim como o seu povo. Que o mundo aprenda com todos os que abrem suas fronteiras e acolhem aos que pedem para VIVER!
Parabéns mulheres pelo trabalho que vi hoje, a  Pedagogia (e vocês ensinam) ganha sentido quando é construída com verdade, ao menos para mim!
Doem, por favor!
Ganhei mais um estímulo para meu livro, pois quero que estas crianças possam ter um lugar para brincar, como para mim foi o Quintal da Espanã.

Leandro Wendel

terça-feira, 22 de setembro de 2015

QUAL É O TEMPO?


Nosso desafio, na prática pedagógica, vai além da sala de aula; ele está no tempo - aula, brincadeiras, dever de casa, prática de esportes, uso de tecnologia e até no tempo das refeições.
O que é saudável?
Quando falamos em rotina saudável, temos que levar em conta a diversidade do mundo atual e identificar as necessidades das crianças por faixa etária. Pois qual é o tempo de um bebê em relação ao tempo de uma criança de sete anos?
Os horários de estudos devem ser adequados, assim como, os horários de lazer. No entanto, a diversificação das atividades é muito importante para que a criança explore suas potencialidades, desenvolva habilidades e, principalmente, para que exercite sua curiosidade.
Ainda me lembro quando minha avó parava seu serviço para contar uma história, ou quando meu avô me levava passear pelo bairro, de quando brincava sozinho e de quando brincava com meus primos. Claro que joguei muito vídeo game, usei computador, mas a oferta de atividades era diversificada. 
Trocava tudo por uma boa brincadeira com alguém. O saudável está, para mim, na atenção e no tempo dedicado ao fazer junto com a criança. 
O tempo é de oferta de possibilidades a explorar: escola, parque, brincadeiras, passeio, biblioteca, museu, shopping, computador e outras delicias saudáveis que contribuem para o desenvolvimento de habilidades. Respeitando cada faixa etária e mantendo o bom senso, o fazer com a criança é o tempo da recordação futura: dela e do adulto!

 Leandro Wendel Martins

terça-feira, 8 de setembro de 2015

A LEITURA NO BRASIL



O ENEM de 2014 mostrou ao Brasil um cenário desolador: mais de meio milhão de estudantes zeraram em redação (exatamente 529.374). Já a OCDE (Cooperação e Desenvolvimento Econômico) publicou relatório, em 2012, no qual o desempenho dos estudantes brasileiros em leitura no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) ficou na 55ª posição. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2012), por sua vez, apontou que assistir à telenovela, escutar música, dormir, encontrar os familiares, assistir a um filme ou sair com os amigos estão à frente da necessidade de ler, entendendo-se que ler não se refere apenas à leitura de livros, mas de jornais, revistas, livros ou mesmo textos na Internet: apenas 24% dos entrevistados cultivam o hábito de ler durante o tempo livre.
A mesma pesquisa revelou que o brasileiro lê, em média, 1,85 livro por trimestre; em países europeus a média é de oito livros por ano. O mais preocupante dado, contudo, veio da pesquisa Qedu, de 2013: menos da metade dos professores da rede pública leem nas horas vagas. Daniel Pennac, em seu livro “Como um romance” provoca os educadores: “E se em vez de exigir a leitura, o professor decidisse de repente partilhar sua própria felicidade de ler?” De que maneira isso poderia se dar, se os educadores não estão interessados em leitura, se não cultivam o hábito, o prazer e a alegria de ler? Esse é um convite à reflexão.

Cássia Janeiro