Em viagem ao Perú, estive no parque de Ollantaytambo, que está localizado na região de Cusco. Refleti sobre o processo avaliativo em relação ao cotidiano escolar (dá para observar no mapa que o relevo é montanhoso. Isto é melhor visualizado na fotografia que mostra o vale sagrado e sua pequena faixa de terra para plantio).
Os Incas cultivavam e caçavam para alimentação, mas o cultivo era essencial para a sobrevivência da população. No entanto, algo me chamou a atenção em conversa com nosso guia, pois os nichos de plantio já existiam antes da civilização Inca. Ou seja, quando ela surgiu já se plantava em nichos construídos nas montanhas.
Tal necessidade ficou evidente quando observei o espaço no vale, que não oferece faixas largas de terras para o plantio e aos poucos descobri outros fatores para o plantio nas diversas camadas das montanhas. Por exemplo, o tipo de solo, ar e temperatura que, unidos ao estudo, fornecem tipos diversificados de raízes, com variedades que chegam aos milhares de tipos.
Simplesmente genial. Mas, qual a relação deste fato com a avaliação no cotidiano escolar?
O guia cedeu a resposta no contexto de sua fala: “os Incas não criaram os nichos, quando eles chegaram a população da época já utilizava a técnica, mas eles estudaram (avaliaram) e sofisticaram o processo (melhoraram), com tipos de adubos, quantidade de irrigação e inclusive com tipos de terras diferentes. Enfim, aprenderam a aproveitar os benefícios dos alimentos que se adaptam melhor à diversidade das montanhas”.
Esta é a visão no cotidiano escolar, pois nosso estudo ao avaliar pode e deve contribuir para processos melhores, formando um ciclo incorporado à rotina.
Assim como as montanhas e os nichos, o processo educacional existe antes de nossa chegada, logo, eu não preciso aceitar que sempre foi assim, mas tenho obrigação de estudar (avaliar) para contribuir em ações de melhoria.
Por fim, recomendo este roteiro e desejo que suas reflexões cheguem a insights produtivos para a prática. Viajar também é avaliar, pois outras experiências culturais nos trazem pontos de fomentação sobre a qual estamos inseridos.
Leandro Wendel Martins
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